Sisal: Sindicalista diz está preocupado que intervenção do MPT chegue na região do sisal

18/10/2020 08:17 • 3m de leitura

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e da Agricultura Familiar de Conceição do Coité e um dos mais defensores da categoria em toda região, Urbano Carvalho que trabalhou em campos de sisal agradeceu a preocupação do deputado estadual Alex da Piatã (relembre) e reforçou o pedido de empenho do deputado no sentido de evitar o desemprego em massa. Segundo Urbano a intervenção do MPT aconteceu em Várzea Nova e Lajes do Batata Distrito de Jacobina onde segundo ele mais de mil famílias tiveram que suspender o trabalho repentinamente, ele reconhece que precisa haver uma regularização, mas não deve ser dessa forma, segundo ele os donos de motores de sisal geralmente são encontrados trabalhando entre os outros peões, cevando e residando para poderem ‘fazer a feira’ “e numa situação de parar essas pessoas perdem o direito de comer. Estou muito preocupado com essa situação de Lajes do Batata que ela se estenda até nós aqui, porque aqui é nossa região, os donos de campo são os próprios donos de motores na maioria e são campos pequenos o maior deve alcançar quinhentas tarefas de terra e essa ação significará um baque na economia”. lamenta Carvalho. O sindicalista admitiu que depois da reportagem na TV Record alguma ação aconteceria por parte do MPT , mas que antes deveria ter um diálogo com os movimentos sociais como ocorreu no então Governo Fernando Henrique Cardoso, na oportunidade houve situação semelhante para evitar o trabalho infantil nas lavouras de sisal, “naquela ocasião houve um dialogo os órgãos competentes vieram dialogar com os movimentos sociais, mostramos a situação e encontramos uma saída para tirar as crianças dos motores de sisal naquela época, afirmou Urbano. Urbano disse que pelo menos no território do sisal os donos de motores de sisal não têm a mínima condição de atender o que pede o MPT para regularização do trabalho na lavoura de sisal, segundo ele, muitos deles estão devendo na batedeira de sisal mais o valor de sua estrutura de trabalho, ou seja, se vender o motor não paga o que deve a quem fornece o sisal, e diante disso ele não tem condição de assinar a carteira de um trabalhador sequer. Aqui na região dono de motor e peão não são diferentes, toda estrutura incluindo o jegue só vale três mil reais, como ele vai poder assinar carteira de três, quatro trabalhadores? Não tem como, ele é um cara que trabalha pra comer”, finalizou o sindicalista.(Calila Notícias)

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