Após a confirmação de sete casos de Covid-19 em Wuhan, na China, onde não havia contágios desde junho de 2020, os residentes já demonstram sinais de preocupação com o novo surto da doença e correram para supermercados em busca de mantimentos, uma cena comum no início da pandemia. Fotos da agência de notícias AFP, registradas na segunda-feira, mostram grandes filas em estabelecimentos, carrinhos de compras lotados e prateleiras vazias. Nesta terça-feira, o governo local anunciou que pretende testar toda a população de 12 milhões de habitantes, medida que já foi adotada anteriormente. Autoridades também decretaram a proibição de grandes reuniões para evitar aglomerações. As aulas presenciais foram suspensas e há recomendação para que os moradores evitem sair da cidade. Apesar da alta taxa de vacinação e das medidas restritivas, mais de 350 pessoas em 18 das 22 províncias do país já foram infectadas com a variante Delta, mais contagiosa, nas últimas duas semanas. Na China, mais de 1,6 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas até domingo, alcançando quase 60% da população. A taxa de imunização do país é uma das mais altas do mundo, mas ainda está muito longe de atingir a barreira de imunidade para a população de 1,4 bilhão, e também não se sabe ainda se as vacinas nacionais podem retardar a propagação da Delta.