Prof. José Nilton: O Coronavírus, a terceira guerra mundial e um novo tempo (finalmente, o século XXI)

27/04/2020 12:04 • 4m de leitura

INFORMAÇÕES PRELIMINARES

  1. O coronavírus (ou covid-19) é a maior epidemia mundial dos últimos 102 anos, desde a gripe espanhola (1918-1920), que matou mais do que a Primeira Guerra Mundial (em combate morreram, aproximadamente, 20 milhões de pessoas); durante a gripe espanhola (que nem espanhola era), qualquer cálculo avança acima de 70 milhões de pessoas, inclusive a morte do recém-eleito presidente do Brasil (Rodrigues Alves). Calma! Nessa época não havia antibiótico e as vacinas ainda eram muito primitivas.

2. Se os remédios e as vacinas (ainda em processo de laboratório) não resolverem, se houver descontrole no combate intensivo e desobediência civil ampliada, o CORONAVÍRUS pode (Deus nos livre!) trazer lembrança da “peste negra” que devastou a Europa na Idade Média, com epicentro na Itália, onde morreu 1 em cada 3 habitantes e, no continente, entre 75 e 200 milhões de pessoas (dados imprecisos). Sobre o tema, existe um livro, obra-prima da época, de nome “Decameron”, do italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375). E existe um filme sobre o mesmo assunto, no circuito de TV por assinatura: “Maravilhoso Boccaccio”. CORONAVÍRUS, ALVIN TOFLER E O SEGMENTO EDUCACIONAL Num dia qualquer da segunda metade do século XX perguntaram ao mestre norte-americano, Alvin Tofler, um dos profetas iniciadores e divulgadores da revolução digital. Alvin Tofler era notável, acima de tudo, por suas cáusticas ironias. Pergunta: “-Mestre, como será a escola do futuro?” Resposta desconcertante: “-E no futuro haverá escola?” À época, muita gente não entendeu.

Prof. José Nilton Carvalho Pereira – Proprietário do Colégio Apoio (Lauro de Freitas-BA)

Hoje, a revolução digital e a escola virtual, on-line, com aulas à distância e teletrabalho confirmam a profecia do professor, e cada vez mais ocupará espaço no contexto da educação mundial. A escola e as aulas pela “internet” serão marcas construtivas e multiplicadoras no século XXI. Alvin Tofler dizia que um analfabeto no futuro não é apenas quem não sabe ler ou escrever, e sim aquele que não demonstrar capacidade de “aprender, desaprender e reaprender” (terceira onda), de forma eclética e dialética, como um rio corrente, interagindo com o mar. Assim, torna-se fácil construir uma proporção simples: “A SOCIEDADE DIGITAL ESTÁ PARA O MUNDO INDUSTRIAL, ASSIM COMO O MUNDO INDUSTRIAL ESTÁ PARA A SOCIEDADE AGRÍCOLA, E ASSIM COMO A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA ESTAVA PARA O MUNDO DAS CAVERNAS.” E a EDUCAÇÃO INFANTIL? E as SÉRIES INICIAIS? Com toda razão, o infantil e as séries iniciais necessitarão de aulas presenciais, de forma complementar, após a pandemia, pelos seguintes motivos: 1) SOCIALIZAÇÃO INFANTOJUVENIL: A CRIANÇA PRECISA APRENDER A CONHECER A SI MESMA E APRENDER A CONVIVER COM OUTRAS; 2) CONVIVÊNCIA PRESENCIAL: DESENVOLVIMENTO PLENO DA EDUCAÇÃO EMOCIONAL; 3) FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA, DE VALORES SOCIAIS E DE MULTIPLICIDADE DE OPINIÕES NO ESPAÇO INTERPESSOAL. O CASO DO COLÉGIO APOIO, UM DOS PIONEIROS NO GOOGLE, EM LAURO DE FREITAS. Há quase três anos, o Colégio Apoio, estabelecido desde a origem de Vilas, firmou um convênio com o GOOGLE FOR EDUCATION (inclusos o “google meet” e avaliações pelo “google form”. Resultado: Com treinamento intensivo dos professores, hoje já existem professores do Apoio com “certificação Google”, a exemplo do mestre Lázaro Carvalho, professor de Filosofia. Esses cursos foram presenciais e, agora, remotos. Durante o mês de maio estará acontecendo um novo curso, com promissores resultados. Muitos são os elogios recebidos de dezenas de famílias, cujo resumo será postado no “site”do colégio. Assim, logo após o início da atual pandemia, as aulas do Colégio Apoio passaram a ser remotas (sala “meet”) e já
estamos concluindo as avaliações da primeira unidade letiva, o que é permitido por legislação especial do MEC.

Leia o artigo na íntegra produzido pelo Prof. José Nilton Carvalho Pereira.

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