EUA entram em alarme após descoberta de “vespas assassinas”

08/05/2020 03:07 • 2m de leitura

A mortal vespa asiática gigante foi vista pela primeira vez nos Estados Unidos, despertando alarme sobre a população de abelhas já vulnerável e muito barulho nos últimos dias nas redes sociais, em meio ao confinamento pela pandemia de coronavírus. Dois espécimes da também chamada “vespa assassina”, ou Vespa mandarina segundo sua denominação científica, foram encontrados no estado de Washington (noroeste) no final do ano passado e, desde então, cientistas se concentram em rastrear a presença de mais exemplares para erradicá-los. O inseto é nativo da Ásia Oriental e do Japão e pode medir cerca de 5 cm, quase oito quando se leva em consideração a envergadura das asas. É corpulento e, com um veneno poderoso e uma mandíbula afiada, é capaz de invadir e “massacrar” uma colmeia de abelhas em questão de horas. Karla Salp, porta-voz do departamento de Agricultura de Washington, afirma que “como a maioria das espécies invasoras, não há como saber como o vespão asiático gigante chegou à América do Norte”. “Existem várias teorias, mas todas são suposições e provavelmente nunca saberemos”, acrescentou. Uma delas diz que vieram em um contêiner de carga por acaso. Armadilhas foram colocadas em toda a região para capturar outras vespas que possam estar na área, para impedir que se espalhem na América do Norte e se estabeleçam permanentemente. “Neste período de armadilhas e com a ajuda da educação pública e o incentivo para informar sobre avistamentos suspeitos, esperamos ter uma ideia melhor de onde estão para erradicá-los”, considera Salp. O único ninho encontrado até agora na América do Norte foi destruído em Nanaimo, ilha de Vancouver. “Os extensos estudos realizados no outono (boreal) de 2019 não mostraram nenhum sinal de presença”, afirmou Paul van Westendorp, apicultor da Columbia Britânica, Canadá. – “Cancele seus planos” – Chris Looney, entomologista do departamento de Agricultura de Washington, explicou que quando as vespas invadem uma colmeia, matam as abelhas literalmente arrancando-lhes a cabeça com suas garras. Então, ocupam o ninho por uma semana ou mais, alimentando-se de pupas e larvas. Já nos últimos 15 anos, as colônias diminuíram devido a um fenômeno conhecido como “problema de colapso”, no qual as abelhas operárias de uma colmeia desaparecem abruptamente.

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