Ataque de míssil dos EUA mata comandante da Guarda Revolucionária do Irã

03/01/2020 11:27 • 2m de leitura

Um ataque com míssil dos Estados Unidos perto do aeroporto de Bagdá na madrugada desta sexta-feira matou o comandante das Forças Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, o brigadeiro-general Qassen Soleimani, assim como o número dois das Forças de Mobilização Popular (FMP) do Iraque, o comandante Abu Mahdi al-Muhandis. Soleimani, que liderava as Forças Quds desde a década de 1990, era a figura mais reverenciada das Forças Armadas do Irã e uma das autoridades de mais alto nível do país.  Sua morte eleva drasticamente a tensão entre o país e os EUA. Em 2017, ele foi apontado como uma das cem pessoas mais importantes do mundo pela revista Time, por seu poder dentro das Forças Armadas do Irã. O Pentágono confirmou em comunicado que os Estados Unidos foram responsáveis pelo ataque. “Este ataque teve o objetivo de prevenir futuros planos de ataque do Irã”, disse o texto. “O general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região.”  A Casa Branca confirmou que o ataque foi por ordem direta do presidente Donald Trump. As vítimas estavam em um comboio das FMP, uma organização guarda-chuva de milícias xiitas criadas para combater o Estado Islâmico e posteriormente incorporadas às Forças Armadas iraquianas. O ataque deixou ao menos oito pessoas mortas, e acontece três dias após manifestantes pró-Irã e integrantes das FMP tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque. O Iraque tem sido palco, nas últimas semanas, de uma espiral de tensão que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã.

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