TSE renova acordo com agências de checagem para combater informações falsas na eleição

23/02/2022 02:58 • 3m de leitura

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) renovou nesta terça-feira (22) a parceria com nove agências de checagem para combater a propagação de informações falsas nas eleições de outubro. Entre as agências que participam do projeto, está o serviço de checagens do Grupo Globo, o Fato ou Fake — serviço de checagem formado por equipes de g1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. As outras agências de checagem são: AFP, Lupa, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão, Verifica, Uol Confere. O acordo com o TSE prevê que as agências de checagens vão conferir a veracidade de publicações envolvendo o processo eleitoral na internet, especialmente, nas redes sociais. O objetivo do projeto é combater as fake news com o auxílio da imprensa profissional, disseminando dados de qualidade e assegurando a livre circulação e expressão de ideias. A parceria faz parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação, instituído pela Justiça Eleitoral em 2020. O material das checagens deve ficar disponível nos sites das agências e do tribunal. No evento, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que a parceira com a imprensa profissional representa o lançamento da coalisão permanente contra a desinformação para a eleição de 2022. Barroso disse também que “uma causa que precisa de ódio, desinformação e mentiras não pode ser causa boa”. O ministro lembrou o trabalho feito nas eleições municipais de 2020 e disse que considera uma ação vitoriosa contra publicações falsas e campanha de desinformação. Ele citou que os ataques do presidente Bolsonaro ao sistema eleitoral, que fracassou em apontar a vulnerabilidade do sistema, começaram depois do pleito municipal. Barroso disse também que as agências assumiram um papel importante diante da revolução digital que levou às mídias sociais e que trouxe narrativas sobre o mesmo fato. “Com ascensão das mídias, ampliou-se muito o acesso ao conhecimento, à informação, mas ampliou-se muito a capacidade de que as pessoas têm de difundir notícias falas, anticientíficas e comportamentos indesejado. Democratizou-se acesso ao espaço público, democratizou-se acesso à ignorância, maldade, teorias conspiratórias”, afirmou Barroso. O ministro disse ainda que “uma causa que precisa de ódio, desinformação e mentiras não pode ser causa boa”. Representante do g1, Felipe Grandin afirmou que combater à desinformação exige uma grande mobilização que envolva as instituições e a sociedade. “Apesar de existir há alguns anos e esforço de checagem ainda estamos aprendendo ainda como combater todas as formas que estão aparecendo. Continua sendo grande esforço. Do outro lado tem um trabalho tremendo para desinformar a população e precisamos estar à altura disso”, disse Grandin.

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