Triatleta que ficou tetraplégico se recupera e treina todo dia aos 72 anos

18/02/2021 04:30 • 2m de leitura

Sobre não desistir de si mesmo. A história de superação do triatleta Norberto Bruno Worobeizyk é uma verdadeira inspiração. O argentino estava montando uma empresa no Brasil em 2004, quando foi atropelado por um motorista bêbado e ficou tetraplégico, aos 56 anos de idade. “Um bêbado com uma Land Rover 4×4, a 80 quilômetros por hora não respeitou a placa de pare, passou por cima de mim e acabou com meus sonhos presentes e futuros”, disse Noberto em entrevista ao Só Notícia Boa. Ele estava num moto-táxi quando foi atingido. O atropelamento foi no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Profissional de Comércio Exterior e Marketing Internacional, o triatleta – que foi vice-campeão argentino na categoria salva-vidas, treinador de windsurf, treinador de esqui aquático e personal trainer – de repente se viu sem movimentos, numa cama. Ele foi socorrido, ficou 15 dias sem memória, teve infecção hospitalar e os médicos queriam amputar uma das pernas de Norberto. “Quando minha perna ia ser amputada, minha companheira Claudia, junto com meu filho Javier, me transferiram para Curitiba, onde verdadeiros profissionais salvaram a minha vida e minha perna direita”, contou. Norberto passou por “sete cirurgias, após um trauma na medula espinhal e múltiplas fraturas expostas da minha perna direita. […] Tenho uma barra de titânio intramedular dentro do osso, do joelho ao tornozelo”.

A virada

Quando parecia tudo acabado, ele teve uma surpresa: “Um dia, olhando para a minha mão direita, consegui mover meu dedo um milímetro. Foi o início de uma nova etapa inesperada. Chamamos o fisioterapeuta com urgência e começamos com um treinamento de recuperação. Fazia exercícios diferentes todos os dias para mover meus membros atrofiados”, contou. Aos poucos ele conseguiu ficar de pé, começou a andar com um andador, depois com muletas e quanto teve alta, continuou se exercitando em uma academia. Ele começou a andar sozinho quase dois anos após o acidente e entrou na academia no colo dos professores. “Deixei de ser tetraplégico […] São muitos os casos reversíveis que, com vontade, esforço, sacrifício e sobretudo com muito amor, podem ser resolvidos”, afirmou. Ele conta que para se recuperar usou o conhecimento dos treinos de triatleta mais “força de vontade, espírito e desejo de não morrer”

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