

O trecho da BA-412, entre Retirolândia e o distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, voltou a gerar preocupação após o acidente que matou o coiteense João Ricardo Cruz, no último domingo (07). No dia seguinte à tragédia, uma equipe do site Calila Notícias percorreu os 17 km da rodovia e confirmou que o percurso é um dos mais perigosos da região sisaleira. Apesar de bem sinalizada, a via é completamente sinuosa, sem trechos retilíneos maiores que 500 metros, o que exige atenção permanente dos condutores. As placas limitam a velocidade a 60 km/h e indicam reduções para 40 km/h em pontos críticos, limites que muitos motoristas ignoram, resultando em frequentes saídas de pista. O marceneiro Pedro Henrique Oliveira da Silva, que utiliza a estrada semanalmente, relata que excesso de velocidade é comum. “Já vi carro passando de 80 km/h e saindo da pista. Acima de 60 km/h aqui se perde”, afirmou. Ele destacou ainda que a BA-412 possui apenas três trechos curtos para ultrapassagem, todos com menos de 300 metros. Outro indicativo de risco são as diversas marcas recentes de frenagem ao longo da rodovia, reflexo de motoristas que perdem o controle do veículo. Pedro lembra inclusive de um acidente presenciado por ele, quando um jovem capotou após se distrair com o celular. Embora tenha sido inaugurada no ano passado, a pista não possui acostamento, o que aumenta o risco de capotamentos. Em vários pontos, há ribanceiras, pedras e cercas de arame farpado muito próximas da pista, agravando o perigo, especialmente para motociclistas. A combinação de curvas contínuas, margens inseguras e desrespeito aos limites de velocidade faz da BA-412 um trecho crítico da malha viária regional. Motoristas devem redobrar a atenção ao trafegar pelo local. A rodovia também cumpre papel estratégico ao ligar a BA-120 à BR-324, no município de Nova Fátima, a cerca de 30 km dali.
Com informações de CN*



