Testemunhas do caso Paraisópolis não querem depor por medo de represálias, diz coluna

06/12/2019 02:56 • 2m de leitura

Responsável por investigar a conduta dos policiais militares, a corregedoria-geral da PM paulista tem enfrentado dificuldades para encontrar testemunhas civis dispostas a depor no caso da morte de nove jovens em Paraisópolis, no último fim de semana. Esses jovens morreram pisoteados em meio a uma operação policial em um baile funk na madrugada de domingo. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o corregedor-geral Marcelino Fernandes chegou a ir à favela nesta semana. Ainda assim, os moradores falaram com a equipe, mas não quiseram colocar seus depoimentos no papel por temerem represálias. A fim de driblar essa quadro, o órgão abriu a possibilidade de que as pessoas falem na condição de testemunhas protegidas, quando não há necessidade de se identificar. Além disso, o corregedor está em busca de moradores que gravaram vídeos da ação policial, exibindo policiais encurralando jovens e até batendo nas pessoas que saíam da festa. De acordo com a publicação, essas imagens são necessárias para que a investigação não seja concluída com base em provas indiciárias. Por outro lado, os PMs envolvidos na operação já foram ouvidos e afastados das atividades nas ruas. Entre os mortos, está um baiano. Natural de Maracás, no interior da Bahia, o jovem Mateus dos Santos Costa, de 23 anos, trabalhava como vendedor de produtos de limpeza em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Segundo o portal A tarde, ele morava sozinho e não tinha filhos (veja aqui).

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