Teste Público das urnas eletrônicas começa nesta segunda e marca preparação para eleições de 2026

01/12/2025 12:22 • 3m de leitura

A menos de um ano das eleições gerais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia, nesta segunda-feira (1º), o Teste Público de Segurança das urnas eletrônicas, etapa considerada fundamental para reforçar a confiabilidade, a transparência e a segurança do processo de votação e apuração no país. A oitava edição do evento ocorre até a próxima sexta-feira (5), na sede do tribunal, em Brasília, utilizando os sistemas que serão empregados no pleito de 2026. As informações são da Agência Brasil.

Como acontece os testes

Durante os cinco dias de atividades, os 31 participantes inscritos vão executar 38 planos de avaliação aprovados pela Comissão Reguladora do TSE. Eles terão acesso a uma estrutura montada especialmente para o teste, no 3º andar do edifício-sede, com computadores, urnas, impressoras, ferramentas e monitoramento por câmeras. O objetivo é fornecer total suporte técnico para que os especialistas possam identificar possíveis fragilidades e sugerir melhorias. O teste integra uma rotina de aperfeiçoamento constante da urna eletrônica, considerada um marco global no uso de tecnologia aplicada a eleições. Desde 2009, o sistema passa por avaliações obrigatórias no ano anterior ao pleito. Além da Justiça Eleitoral, o desenvolvimento envolve órgãos como as Forças Armadas, o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério das Comunicações.

Histórico dos testes e evolução do sistema

Criado em 2009, o Teste Público de Segurança já teve edições em 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023. Nesse período, 157 investigadores participaram das verificações, executando 112 planos ao longo de 247 horas. A obrigatoriedade do procedimento foi instituída em 2016, ampliando o rigor sobre o sistema que será usado nas eleições. O Brasil foi pioneiro mundial na adoção do voto eletrônico, implantado nas eleições municipais de 1996. O envio das primeiras urnas eletrônicas aos tribunais regionais ocorreu em maio daquele ano, marcando o início de um ciclo que modernizou a apuração e eliminou a interferência humana direta no processo de contagem dos votos. Desde então, o equipamento passou por sete eleições gerais e sete municipais sem que qualquer fraude em seu funcionamento tenha sido comprovada. Nas eleições de 2024, mais de 155 milhões de eleitores estavam aptos a votar e 571 mil urnas foram disponibilizadas em 5.569 municípios, incluindo 219.998 unidades do modelo UE2022, que renovaram o parque tecnológico do TSE.

Tecnologia nacional e segurança reforçada

A urna eletrônica é integralmente produzida no Brasil e, ao longo dos anos, incorporou diversas inovações nas áreas de segurança da informação e computação. O equipamento não possui conexão à internet, Wi-Fi ou Bluetooth, operando de forma isolada para impedir qualquer tipo de acesso remoto. As atualizações físicas e lógicas são periódicas e submetidas a auditorias, perícias e ao próprio Teste Público, que se consolida como uma das principais ferramentas para garantir a integridade do voto. Com o primeiro turno marcado para 4 de outubro de 2026 e um eventual segundo turno no dia 25 do mesmo mês, o TSE reforça que o teste é uma das etapas centrais para entregar ao eleitorado um sistema confiável, auditável e continuamente aperfeiçoado.

Muita Informação*

Leia também