Após a Prefeitura de Jacaraci apontar a ocorrência de um paciente com suspeita de infecção pelo vírus 2019-nCov, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) descarta a possibilidade de ser um caso de coronavírus no estado. De acordo com o órgão oficial, a Bahia não possui nenhum caso em suspeição relacionado a doença que já matou mais de 100 pessoas na China. Em nota enviada à imprensa, a Sesab afirma que foi notificada sobre a situação do homem nessa terça-feira (28). A informação inicial era de que ele estava internado em um hospital da cidade baiana, com quadro de infecção respiratória e histórico de viagem recente ao Japão – segundo a Prefeitura de Jacaraci, o homem é japonês, mas esteve em contato com chineses durante o voo que o trouxe ao Brasil, no último sábado (25). Com isso, ele foi transferido para Salvador, onde foi atendido no Instituto Couto Maia, que é referência estadual em doenças infecciosas e a avaliação inicial é de que o caso não preenche os requisitos para ser enquadrado como suspeito de coronavírus. Ainda assim, a Sesab ressalta que todas as medidas habituais de isolamento para casos suspeitos de infecção por vírus do grupo influenza (H1N1, H3N2, Influenza B) estão sendo tomadas, bem como a rotina laboratorial para diagnóstico de casos semelhantes está sendo conduzida pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). A precaução é pertinente também porque, apenas em 2019, a Bahia registrou 1.821 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus respiratórios, com 132 mortes. Para reduzir o risco geral de contração ou transmissão de infecções respiratórias agudas, o que inclui o novo coronavírus, o Ministério da Saúde recomenda uma série de cuidados básicos. Algumas das medidas são: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações. Além disso, profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).