A Polícia Civil prendeu em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, um suspeito arrombar caixas eletrônicos após fazer curso na Argentina para aprender a mexer em equipamentos usados para cometer esse tipo de crime. O homem de 40 anos é apontado como um dos maiores ladrões de bancos da Bahia. Para fugir, ele usava documentos falsos. Eduardo Esmael Brito, vulgo “Dudu”, “Paulista” ou ” Mentiroso”, natural de Serrinha, foi encontrado no dia 14 de fevereiro. Ele estava em um veículo Fiat Uno, mas não obedeceu uma ordem de parada dos policiais e tentou fugir da ação policial. Neste momento, os investigadores da Polícia Civil começaram o acompanhamento para capturar o suspeito, que só parou após perder o controle do veículo e chocar-se contra o muro de uma residência.
“Na Bahia, ele agia na modalidade de novo cangaço, usando armamento pesado e confrontando com policiais. Lá, ele realizou assaltos a bancos, carros fortes e agências bancárias. Já no estado de Goiás, segundo ele, realizou um curso na Argentina para aprender a mexer com o maquinário que fazia o corte dos cofres dos terminais de autoatendimento”, disse o delegado José Antônio de Podestá Neto. Ele era investigado por dois roubos na cidade de Águas Lindas de Goiás, onde morava há três anos. A polícia explicou que, no primeiro deles, em maio do ano passado, o homem começou a monitorar uma farmácia que tinha um caixa eletrônico, alugou um imóvel ao lado e, durante uma madrugada, quebrou o muro e arrombou o caixa eletrônico. Já em novembro, ele rendeu um segurança de um comércio e também abriu o equipamento.
Após a abordagem e busca veicular, os policiais foram até a casa do investigado, onde foram apreendidas roupas, rádios comunicadores e outros objetos utilizados nas empreitadas criminosas. “A gente acredita que, com a prisão dele, não tenha outros casos desse mesmo tipo porque era bem específico o material que ele usava e só ele tinha essas técnicas no estado”, disse o delegado. Para tentar escapar, o suspeito tinha documentos como CNH, carteira de trabalho e título de eleitor com nome falso. “Ele usava documentos feitos a partir da certidão de nascimento de uma pessoa que já faleceu em 1995”, completou o delegado.
Fonte: Cleriston Silva