A privatização dos Correios está cada vez mais próxima. Nesta quinta-feira (27), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em Brasília, houve uma reunião entre os ministros da Economia e de Comunicações, Paulo Guedes e Fabio Faria, respectivamente, além de toda a cúpula do BNDES. Segundo a Exame, o encontro teve como objetivo discutir os próximos passos dos estudos, conduzidos pelos BNDES, a respeito dos indicadores financeiros da estatal e seu valor de mercado, fundamentais para a privatização da companhia. “As avaliações estão caminhando rapidamente e até setembro os levantamentos deverão estar concluídos”, diz Leonardo Cabral, diretor de privatização do BNDES. A previsão atual é de que o edital sobre a desestatização da empresa seja publicado até o final do ano, para que a venda possa ser concretizada até o início de 2022. Nomes como o Magazine Luiza e o Mercado Livre surgem como possíveis interessados na venda dos Correios e estariam atentos a ativos como a capilaridade da estatal e sua capacidade logística. Fato é que a população cada vez mais tem apoiado a proposta de privatização dos Correios. Em pesquisa realizada pelo EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública, 45% dos brasileiros são favoráveis à privatização dos Correios. Esse percentual aumentou em relação à rodada semelhante realizada em setembro de 2020, quando 40% da população aprovava a venda da estatal. “O número de pessoas favoráveis à privatização tem crescido no Brasil. É muito significativo que 45% dos brasileiros apoiam a privatização dos Correios”, avalia Maurício Moura, fundador do IDEIA. Programada para o início de 2022, a venda dos Correios deve acontecer paralelamente à capitalização da Eletrobrás, avaliada previamente em pelo menos 60 bilhões de reais pelo Ministério da Economia.