Professores da UNEB, UEFS, UESB e UESC aprovaram no início da noite desta segunda (10), o indicativo de greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia geral da Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB), que afirmou em nota que aguarda o governador Jerônimo Rodrigues apresentar “disposição para uma negociação satisfatória”. Ainda segundo a categoria, os professores demonstraram grande insatisfação com o Governo do Estado e que a solicitação pela abertura das negociações com o Executivo acontece desde o primeiro mês da gestão do governador, em 11 de janeiro de 2023, momento em que foi protocolada na Governadoria, SEC, SAEB e SERIN, a pauta de reivindicações. “O descontentamento foi ratificado por várias representações do sindicato, dos campi da UNEB do interior, presentes na atividade. Seguindo a orientação da ADUNEB realizaram reuniões prévias em seus Departamentos e também trouxeram para a assembleia a defesa do indicativo de greve”, diz a nota. Segundo a Coordenação da ADUNEB, o reajuste salarial conquistado este ano de 6,97%, sem retroatividade à data-base da categoria e sem negociação com as representações sindicais, não recompõe nem a inflação de 2023 e mesmo com o reajuste, as perdas inflacionárias, desde 2015, superam 34% de perda salarial. A ADUNEB ressalta ainda que em nenhum momento o governo abriu negociação, realizando apenas o que denomina de “mesa de diálogo”. A ADUNEB afirma que o indicativo de greve ainda não é uma greve por tempo indeterminado e que a pauta aprovada pela assembleia da ADUNEB sinaliza o aumento da mobilização e a disposição da categoria docente em deflagrar a greve, caso o governo não apresente resposta à pauta de reivindicações. “Com responsabilidade, a ADUNEB e as demais associações docentes seguem sem medir esforços em busca da negociação sem a necessidade da greve, um direito legítimo da classe trabalhadora. Desde o início do ano passado, até o momento, foram oito reuniões com representantes do governador Jerônimo Rodrigues, mas sem a abertura concreta das negociações. A luta permanece”, finaliza o comunicado.