O presidente Alberto Fernández, da Argentina, foi indiciado na quinta-feira (26) por ter quebrado as regras da quarentena que o seu próprio governo havia imposto. Em julho do ano passado, Fernández participou de uma festa da sua mulher, Fabiola Yanez, na residência presidencial, quando havia restrições a aglomerações. Recentemente, fotos da festa vazaram. A oposição chegou a pedir impeachment de Fernández por ter participado de um evento que, na época, era proibido. No entanto, como os governistas dominam o Legislativo na Argentina, o caso não tem muita chance de progredir. Na quinta-feira, Fernández participou de uma audiência no caso e ofereceu pagar uma multa. Ele propôs doar metade de seu salário de quatro meses ao Instituto Malbrán, de pesquisas e laboratórios. Além de Fernández, também foram indiciadas a primeira-dama e cinco outras pessoas que participaram da festa. O promotor do caso, Ramiro González, fez com que todos os que participaram da comemoração fossem notificados de que são investigados por um possível delito. Fernández, que é advogado, afirma que não houve delito no caso —ele apresentou-se na Justiça sem um representante.