Polícia Federal mira prefeito de cidade baiana em nova fase da Operação Overclean

16/10/2025 03:20 • 2m de leitura

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (16/10), a sétima fase da Operação Overclean, que investiga organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os alvos da nova etapa está um prefeito de um município do interior da Bahia, conforme apurou a coluna. Ao todo, os investigadores cumprem seis mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar de afastamento de agente público do cargo e ordens de sequestro de valores nas cidades de Salvador (BA), Riacho de Santana (BA), Wenceslau Guimarães (BA) e Arraial do Cabo (RJ). As medidas foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os investigados respondem pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro. Na terça-feira (14/10), a PF deflagrou a sexta fase da Overclean, que teve como alvo o deputado federal Dal Barreto (União Brasil-BA). A coluna revelou com exclusividade que o parlamentar foi interceptado pela PF no Aeroporto Internacional de Salvador, em uma ação que durou menos de 30 segundos. O deputado foi abordado logo após passar pelo raio-x, teve o celular apreendido e acabou conduzido a uma sala reservada da PF no próprio terminal. A ação foi discreta e técnica, passando despercebida pela maioria dos passageiros.

Além do deputado, foram alvo da operação dois aliados políticos dele:
• Ubaldo Neto, que se apresenta como empresário e seria operador financeiro do parlamentar;
• Danilton Oliveira, também empresário, apontado como laranja e responsável por movimentar valores em nome do deputado.

A Operação Overclean foi iniciada em dezembro de 2024 para apurar esquema milionário de corrupção envolvendo recursos públicos destinados a municípios por meio de emendas parlamentares. As investigações revelaram licitações direcionadas, contratos superfaturados e o uso de empresas de fachada para simular concorrência e dissimular a origem dos valores desviados.

Metrópoles*

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