A Petrobras vai aumentar em 5% o preço da gasolina a partir desta quarta (8). Será a oitava elevação seguida desde o início de maio, quando a empresa iniciou o ciclo de alta atual, acompanhando a recuperação das cotações internacionais do preço do petróleo após a reabertura da economia em diversos países.
Após o reajuste, o litro da gasolina sairá das refinarias da estatal, em média, a R$ 1,65. O valor é 60% superior ao vigente antes do início da sequência de aumentos. Não haverá reajuste no preço do diesel, que já subiu quatro vezes desde maio.
A política de preços da Petrobras acompanha as cotações internacionais dos combustíveis, considerando ainda a taxa de câmbio, os custos de importação e a margem de lucro. No início da pandemia, os preços registraram quedas acentuadas, com a gasolina chegando a custar cerca de R$ 0,90 nas refinarias.
A alta recente acompanha as cotações do petróleo, que se recuperaram nas últimas semanas, após o relaxamento das medidas de distanciamento social principalmente da Europa e nos Estados Unidos. Em junho, o barril do Brent, negociado em Londres, subiu 7,4%. Na primeira semana de julho, avançou mais 4%.
Nesta segunda (6), porém, o mercado fechou sem direção única, com o Brent em alta mas o petróleo americano WTI em baixa, diante de incertezas sobre a necessidade de novas restrições após o crescimento da contaminação pela Covid-19 em estados americanos.
O repasse do reajuste às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. Segundo a Petrobras, o preço cobrado pelas refinarias representa 28% do valor final do produto -o restante é composto por impostos, margens de lucro e a parcela de etanol adicionada à gasolina vendida nos postos.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a gasolina era vendida pelos postos na semana passada, em média, a R$ 4,064 por litro, aumento de 1% em relação ao preço da semana anterior. Em quatro semanas, a alta acumulada é de 3,9%.