O oitavo mês do ano é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher através da campanha Agosto Lilás, que busca chamar a atenção da sociedade para o tema e uma pesquisa feita no município de Araci entre os anos de 2019 e 2022 pela Comarca local traz números relevantes de mulheres vítimas da violência doméstica. Ao todo foram analisados 460 processos criminais. Veja abaixo os números e os questionamentos.
Em uma pergunta sobre a importância das MPUs (Medidas Protetivas de Urgência).
76,48% das vítimas entrevistadas afirmaram que as MPUs ajudaram a protegê-las. Para 71,60%, as MPUs foram rápida. 46,45% disseram que queriam renovação das MPUs e 36,77% informaram que queriam dar baixa nas Medidas Protetivas.
Os 03 crimes mais frequentes segundo a pesquisa.
1- Ameaça 75,53% – art. 147 do Cód. Penal
2- Lesão Corporal 28,8% – art. 129, § 9°, do Código Penal
3- Crimes contra honra – 20,85%
Quais os motivos da agressão.
1- A utilização do álcool – 39,35%
2- Acusado não aceita o fim da relação – 30,32%
3- Ciúme – 26,45%
4- Falta de comunicação – 5%
Na pergunta “Se fossem a juíza do caso, qual a “pena” você aplicaria para o agressor?
1- Manter distância – 37,41%
2- Prestação de serviço: em hospital, escolas ou entidades de caráter social – 14,83%
3- Indenização para si mesma – 12,90%
4- Prisão – 9,67%
5- Multa – 7%
6- Advertência – 3%
Confira agora outros números interessantes.
Para 50,6% das vítimas, a aplicação das penas alternativas diminui a impunidade no Brasil; Cerca 75% das vítimas viviam em união estável; 48,38% preferiam audiências virtuais e disseram ter desconforto caso fosse audiência presencial com o acusado; 75,48% não se reconciliaram com o ex; 66,45% disseram que são de cor parda; 33% disseram que, após o BO aberto na polícia, os genitores deixaram de pagar pensão alimentícia e 71,7% das vítimas disseram que tinham filhos em comum com o ex-companheiro.
