

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (17), nas cidades de Feira de Santana e Conceição do Jacuípe, durante a segunda fase da “Operação Primus”, que investiga um grupo suspeito de envolvimento em crimes contra a ordem tributária, com indícios de sonegação fiscal estruturada e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Segundo a polícia, nesta etapa, foram executadas ordens judiciais em seis endereços, sendo cinco em Feira de Santana e um em Conceição do Jacuípe, todos vinculados a pessoas físicas e jurídicas ligadas à investigação. Com a ação, a Justiça também determinou novos bloqueios e a indisponibilidade de bens. Em Feira de Santana, quatro mandados foram executados em imóveis localizados nos bairros SIM e Santo Antônio dos Prazeres. Durante as ações, foram apreendidos nove celulares, além de talões de cheque, documentos, pen drives, tablets e computadores, que serão submetidos à análise pericial. As apurações indicam que quatro pessoas utilizavam cerca de 14 empresas para ocultar a movimentação financeira e o real controle societário, por meio da interposição de terceiros, conhecidos como “laranjas”. Segundo a investigação, essas empresas eram usadas para dissimular a origem de recursos ilícitos, com indícios de sonegação fiscal estruturada e lavagem de dinheiro. A polícia informou que aprofundamento das análises fiscais, contábeis e financeiras permitiu a identificação de novas irregularidades tributárias. A instituição afirmou que as medidas de busca e apreensão tem o objetivo de coletar de documentos, mídias eletrônicas e outros elementos relacionados a fluxos financeiros, patrimônio oculto e possível lavagem de dinheiro. De acordo com a delegada do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), Haline Peixinho, as investigações seguem em andamento. “A atuação integrada das instituições reafirma o compromisso com o combate à sonegação fiscal, à lavagem de dinheiro e às organizações criminosas que utilizam estruturas empresariais para lesar o patrimônio público. Não estão descartadas novas medidas cautelares, a ampliação do número de investigados e outros desdobramentos da operação”, destacou. Segundo a delegada, as informações técnicas produzidas pela Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA), a partir do cruzamento de dados fiscais e da análise econômico-tributária, foram determinantes para o deferimento das medidas judiciais.
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