Operação contra Comando Vermelho e PCC bloqueou R$ 6 bilhões

10/04/2025 02:18 • 2m de leitura

Em uma ação sem precedentes, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (10), a maior ofensiva já realizada contra o patrimônio do crime organizado no estado. Batizada de Operação Contenção, a ação tem como alvo o núcleo financeiro da facção Comando Vermelho, que movimentou cerca de R$ 6 bilhões em um ano — valor recorde em pedidos de bloqueio de bens feitos pela corporação.” Até o momento, duas pessoas foram detidas. Um homem foragido da Justiça foi preso em Franca, no interior de São Paulo, enquanto uma mulher foi conduzida à delegacia, no Rio de Janeiro, para prestar depoimento. A operação cumpre 46 mandados de busca e apreensão no estado do Rio de Janeiro e em cidades de SP, com participação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), CORE, DGPE, DGCOR-LD e Polícia Civil de São Paulo. Por medida de segurança, a Secretaria Municipal de Educação informou que 42 unidades escolares na região da Maré foram afetadas pelas operações em curso, resultando na suspensão das aulas nesta quinta-feira. Pelas redes sociais, o governador Cláudio Castro (PL) disse que o “recado está dado”. “Quem financia o crime vai pagar caro. O Rio está enfrentando o tráfico com coragem, inteligência e determinação. Não dá mais para aceitar que o crime organizado banque sua guerra contra o povo do Rio com bilhões lavados em plena luz do dia!”, escreveu. As investigações apontam que o braço financeiro da facção criminosa tem conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e opera um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bancos digitais, fintechs, empresas de fachada e plataformas não autorizadas pelo Banco Central. O principal objetivo da operação é sufocar financeiramente o crime organizado, impedindo a compra de armas, drogas e o financiamento de disputas territoriais na Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, a ação é considerada um marco na luta contra o tráfico, atacando diretamente a estrutura logística e financeira das facções.

CNN*

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