O câncer de próstata é a neoplasia mais comum entre os homens na Região Nordeste, responsável por cerca de 40,7% dos novos casos de câncer na população masculina. Segundo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o risco estimado da doença nesta região brasileira é de 72,35 para cada 100 mil homens. Por outro lado, o professor do curso de Medicina, Jadir Paiva, explica que a doença pode ser diagnosticada ainda no início, aumentando as chances de cura. O urologista diz que o câncer de próstata é silencioso quando está em sua fase inicial e aponta a importância de ter atenção aos sintomas. “Na fase inicial, ele não apresenta sintomas, e quando os sinais começam, quase 95% dos tumores já se apresentam avançados, dificultando a cura. Neste período os sintomas mais comuns são dor óssea, sintomas urinários, queda do estado geral, insuficiência renal, dores fortes. Por isso, é importante realizar os exames regularmente.” O professor indica que o exame de toque e o de sangue (PSA), sejam feitos anualmente, a partir dos 50 anos de idade. Para quem possui fatores de risco e histórico familiar, os exames devem ser iniciados aos 45 anos. No entanto, destaca que o exame de toque é tão importante quanto o exame de sangue, onde ambos propiciam maior chance de identificação de anomalias. “Cerca de 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados exclusivamente pelo exame de toque”, alerta. Jadir acrescenta que o toque retal é simples e rápido, podendo ser feito no próprio consultório médico. “Leva alguns segundos e não causa dor. Este é o momento em que o médico avalia se existe algum nódulo ou se a próstata aparenta estar maior do que deveria, podendo então encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado”, explica. O especialista indica que, além do exame regular, os homens podem manter hábitos saudáveis no dia a dia, para prevenir não só o câncer de próstata, mas diversos tipos de câncer. “A prevenção total, primária, não é possível, porém estilo de vida saudável, alimentação e principalmente o diagnóstico precoce salvam vidas”, orienta o professor.