As mulheres brasileiras também vão poder se alistar às Forças Armadas a partir do próximo ano. O decreto com as regras do alistamento militar feminino voluntário foi assinado pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro da Defesa, José Múcio, e publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28). O Ministério da Defesa prevê 1,5 mil vagas para o serviço militar feminino. Conforme o decreto, o recrutamento de mulheres é facultativo e não obrigatório, ao contrário do que ocorre com recrutas do sexo masculino, que devem se apresentar às Forças Armadas quando vão completar 18 anos. Segundo a Defesa, a seleção ocorrerá no primeiro semestre do ano em que a voluntária completar 18 anos. Assim como acontece com os homens, elas também terão que passar pelas etapas de avaliação física e de saúde. Após sua incorporação ao serviço militar, o cumprimento das funções passará a ser obrigatório e submetidas às mesmas regras dos homens. No entanto, as mulheres voluntárias que optarem pela carreira militar terão desvantagens. Isso porque o decreto editado nessa quarta determina que elas não terão estabilidade no serviço militar e, após desligamento do serviço ativo, ficarão na reserva, mas sem remuneração das Forças Armadas – que não acontece no caso dos homens.