Motorista de carreta envolvida em acidente com ônibus que viajava para a Bahia é preso; investigação apontou uso de substâncias ilícitas

21/01/2025 01:58 • 2m de leitura

O motorista da carreta envolvida no acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, em dezembro passado, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais, no Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (21). A informação foi confirmada pelo governador Romeu Zema (Novo). Nas redes sociais, ele disse que “a investigação apontou que o condutor estava sob efeito de substâncias ilícitas”. O acidente ocorreu na madrugada de 21 de dezembro e envolveu um ônibus de viagem, uma carreta carregada com blocos de granito e um carro. O caminhoneiro Arilton Bastos Alves fugiu do local da batida e se apresentou à polícia dois dias depois, em 23 de dezembro, mas foi liberado — na época, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil. A Justiça, no entanto, decidiu revisar a decisão e decretou a prisão do homem, nesta segunda-feira (20). O juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, considerou o fato de Alves ter deixado o local do acidente, o sobrepeso da carga da carreta, o excesso de velocidade do veículo e o uso de substâncias entorpecentes. “O fato é que o investigado assumiu a direção de uma carreta com aproximadamente cem toneladas, após fazer o uso conjugado de cocaína, bebida alcoólica, ecstasy e alprazolam, além de outras substâncias proscritas”, diz um trecho da decisão. Na avaliação do magistrado, o motorista assumiu diversos riscos, o que caracteriza dolo eventual. Segundo a Justiça, ele admitiu não ter o costume de verificar o peso do material que transportava. Além disso, a carreta trafegava a 90 km/h, enquanto o permitido para a via eram 80 km/h. Em nota, a defesa de Arilton Bastos Alves se disse surpresa com o decreto de prisão preventiva. “Ressaltamos que o caso ainda está em fase de investigação, não fomos cientificados dos fundamentos da prisão e que todas as providências jurídicas cabíveis serão tomadas para assegurar o devido processo legal, direito de defesa e a restauração da liberdade”, registrou.

G1*

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