‘Meu compromisso é o trabalho técnico’, diz André Mendonça, novo ministro da Justiça

28/04/2020 02:20 • 2m de leitura

O novo ministro da Justiça, André Mendonça, realocado da Advocacia-Geral da União (AGU) para a pasta após o pedido de demissão do então ministro Sergio Moro, usou as redes sociais na manhã desta terça-feira para agradecer ao presidente Jair Bolsonaro pela nomeação e dizer que vai “continuar desenvolvendo” um “trabalho técnico”. Também nesta terça-feira, Alexandre Ramagem foi nomeado para o comando da Polícia Federal. “Agradeço ao pr Jair Bolsonaro por confiar a mim a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país. Meu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida. Conto com o apoio do povo brasileiro! Que Deus nos abençoe!”, afirmou o novo ministro nas redes sociais. As vagas no Ministério da Justiça e na PF ficaram abertas após a saída de Moro e do ex-diretor-geral Maurício Valeixo, na última sexta-feira. Moro decidiu deixar o governo depois de Bolsonaro exonerar Valeixo. O ex-ministro acusou o presidente de tentar interferir politicamente na PF – o que Bolsonaro nega. O ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, chegou a ser cotado para substituir Moro, mas Bolsonaro foi questionado por aliados sobre a conveniência de escolher um amigo da família para o posto. A avaliação de aliados do presidente era a de que o movimento daria força à tese de que o Planalto estaria atuando para ter controle sobre a Polícia Federal e, assim, ter acesso a relatórios de investigações. Antes da nomeação, André Luiz Mendonça era tido como uma espécie de consultor informal da bancada evangélica no Congresso. Pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, e bacharel em Teologia, Mendonça tem sido procurado por deputados deste segmento religioso, que buscam apoio jurídico para destravar suas agendas no Parlamento. O nome do novo ministroda Justiça é apontado como uma das opções de Bolsonaro para a primeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será obrigatoriamente aberta em 1º de novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello completará 75 anos de idade e terá que deixar o tribunal.(O Globo)

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