Mais de 60 comunidades do semiárido baiano serão contempladas por Programa Água Doce

07/01/2021 03:05 • 3m de leitura

Água boa e de qualidade para as famílias que sofrem com a escassez desse recurso. É o que promete o governo do estado com o Programa Água Doce, que deve beneficiar mais de 60 comunidades do semiárido baiano. Com 285 sistemas de dessalinização já implantados e mais 10 em fase de conclusão, o PAD opera a partir do aproveitamento de águas subterrâneas, salobras e salinas, de poços comunitários existentes, e da aplicação da tecnologia de dessalinização. Atualmente, o programa está na segunda fase, cuja execução por parte da Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) só foi garantida porque a pasta possuía as comunidades cadastradas em seus registros, com todos os pré-requisitos exigidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Assim, a Bahia já tem as 60 indicações das comunidades, em 34 municípios, todas com análise de solo e de água, e testes de vazão aptos para elaboração dos projetos executivos. Serão investidos cerca de R$ 16,5 milhões para implantação dos novos sistemas de dessalinização, em dois anos. “O Programa Água Doce se estabelece cada vez mais como uma política pública permanente. A região semiárida em nosso estado abrange 278 municípios, uma área de quase 400 mil quilômetros quadrados, onde existem centenas de comunidades que dependem de fontes alternativas de acesso à água. Por isso, a nossa determinação em levar água de qualidade a um maior número de famílias, priorizando aquelas em situações mais vulneráveis”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira. A técnica da Sema e coordenadora estadual do PAD na Bahia, Luciana Santa Rita explica ainda que a equipe conseguiu garantir, além da implantação dos dessalinizadores, a capacitação dos operadores e a manutenção dos sistemas pelo período de um ano. “Serão escolhidas de duas a quatro pessoas, por comunidade, para serem capacitadas por técnicos do MDR para operação e manutenção diária dos sistemas de dessalinização”, afirmou Santa Rita, acrescentando que as ações de apoio à gestão, mobilização social e sustentabilidade (palestras e oficinas), determinadas na metodologia do PAD, bem como as ações de articulação institucional e governança, serão desenvolvidas pela coordenação estadual do programa. Além disso, a coordenação estadual do Programa Água Doce elabora um curso de capacitação para operadores dos sistemas de dessalinização. O curso tem previsão de oferecer aproximadamente 700 vagas e será disponibilizado gratuitamente na plataforma de educação à distância da Sema, o Programa de Formação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Formar/EAD). Ele é pensado para as comunidades e técnicos das prefeituras dos municípios onde há dessalinizadores do PAD implantados, mas ainda não há previsão para abertura das inscrições.

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