Júri popular de médico acusado de matar Dr. Andrade ocorre nesta quinta-feira (26)

26/09/2024 02:52 • 3m de leitura

O médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, de 35 anos, vai a júri popular nesta quinta-feira (26/09) em Feira de Santana. Geraldo é acusado de matar o colega e psiquiatra Andrade Santana Lopes, encontrado morto, no final de maio de 2021, em um trecho do Rio Jacuípe, de São Gonçalo dos Campos, na mesma região de Feira de Santana. O corpo estava amarrado a uma âncora para tentar dificultar as buscas. Segundo a TV Subaé, o julgamento iria ocorrer em dezembro do ano passado, mas a defesa do réu conseguiu o adiamento, pedindo que o julgamento ocorresse em outra comarca. Geraldo esteve preso no Conjunto Penal de Feira de Santana, e depois foi transferido para a carceragem de Jequié, no Médio Sudoeste baiano. Ao ser preso, o médico confessou o homicídio, mas disse que o disparo foi acidental. Nas investigações, a polícia descobriu que a arma usada no crime havia sido paga pela vítima, que negociou a compra com o acusado. O médico morto já tinha pago R$ 8 mil, e faltava apenas a última parcela no valor de R$ 4 mil. Ao negar a transferência da arma para o colega, Geraldo Freitas atirou em Andrade Lopes, que veio a óbito.

Bahia Notícias*

Relembre caso

O médico Andrade Lopes desapareceu em 24 de maio de 2021, quando saiu da cidade de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana. Neste mesmo dia, o sumiço foi registrado em delegacia por Geraldo. Depois que o corpo de Andrade foi encontrado, o Departamento de Polícia Técnica (DPT), constatou que ele foi assassinado um tiro na nuca. Além disso, Geraldo amarrou uma âncora no corpo de Andrade, para evitar que o corpo dele emergisse das águas do Rio Jacuípe. Na época do crime, o delegado Roberto Leal, responsável pela investigação, explicou que o crime foi motivado por um desentendimento entre os dois médicos. Geraldo comprou uma caminhonete em nome de Andrade, porque não tinha nome limpo no Serasa, e não fez o pagamento acordado. A defesa de Geraldo alega que ele não tinha a intenção de matar Andrade. A polícia, no entanto, acredita que houve premeditação, já que o acusado levou Andrade para o meio do rio de propósito, para cometer o crime e, além da arma, levou uma âncora para o local do passeio. Geraldo estudou medicina com Andrade, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia para trabalhar. Antes de ser apontado como suspeito do crime, Geraldo Freitas recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo.

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