Leidiane dos Santos Rodrigues Pereira é segunda filha de Joselino e Maria, uma família humilde e batalhadora do povoado Barreiro, zona rural de Teofilândia. Logo na infância, pesamentos acelerados e ideias suicidas começaram a passar pela sua cabeça. Segundo Leidiana, aos 18 anos ela teve surto psicótico e foi diagnosticada com esquizofrenia, transtorno misto de ansiedade e síndrome do pânico. Seus pais não tinham condições de tratar a doença e não sabiam o que fazer. A ajuda veio de amigos, de uma professora (Átila Cassiana) e de outras pessoas que ela lembra com carinho. Católica, ela diz que a fé foi crucial para a minha convivência e libertação da doença. Ela ainda afirma que sua professora notou seu comportamento estranho na sala de aula e conversou com Luciana Nunes, que a ajudou e a quem ela muito agradece. Recebi apoio moral, médico e remédios. A jovem, já em tratamento, foi informada que não poderia ter filhos por causa dos remédios. O tempo se passou e ela estudou, batalhou e cumpriu o tratamento. Atualmente, em 2020, Leidiane está casada, com 29 anos, e conseguiu ter um filho. José Felipe tem nove meses e nasceu depois que a jovem se libertou da doença e não precisa mais tomar remédios. A família reside em Camaçari. Ao final da conversa com A Voz do campo, ela mandou uma mensagem para as pessoas que tem problemas semelhantes ao dela: “Cuide-se. Não se esconda. Peça ajuda e faça o tratamento. Eu venci pelo amor e para o amor“, finalizou. Durante todo o momento, a jovem destacou o papel da família, dos amigos, da escola e da fé em seu tratamento.