Ana Victoria Espino de Santiago, de 25 anos, fez história e mostrou que a inclusão pede passagem ao se tornar a primeira advogada com síndrome de Down. Formada em direito pela Universidad Autónoma de Zacatecas, no México, a jovem quer usar o conhecimento que adquiriu para se tornar legisladora. O foco será na defesa dos direitos de pessoas com deficiência. “Para ajudar pessoas com deficiência, ajudar aqueles que não têm voz, porque é por isso que sou advogada”, disse a jovem. Vai com tudo, Ana!
Sonho de infância
Se tornar advogada era um sonho de infância. Para isso, ela contou com uma grande rede de apoio. Depois que terminou o ensino médio, estudo de forma independente para o exame de admissão da faculdade. Ela foi aprovada, mas precisou superar uma barreira. Na época, o diretor da Universidade disse que Ana não poderia ser aceita. O motivo era que a Instituição não estava preparada para ela.
Professora parceira
Mas uma professora foi um verdadeiro herói e ajudou a jovem universitária a chegar no lugar onde ela deveria estar. Ao longo dos cinco anos em que ficou no curso, a professora, que não teve o nome revelado, acompanhou Ana em todas as atividades. “Os professores desempenham um papel crucial na criação de um ambiente mais inclusivo. Sejam solidários, ouçam seus alunos e ofereçam suporte adicional quando necessário”, disse a jovem em entrevista à NTR TV.
Vencendo o preconceito
As dificuldades eram muitas, mas ela foi vencendo cada uma delas. Na instituição, sofreu preconceito de colegas de classe. Poucos acreditavam que ela seria capaz de se formar. Mas ela persistiu até o fim e depois de cinco anos, concretizou o sonho de infância: se tornou advogada!
Futuro na política
Agora formada, ela se prepara para um novo desafio. Quer se envolver na política, especialmente no parlamento. Lá, pretende atuar como legisladora e lutar pelos direitos das pessoas com deficiência. A jovem quer usar sua história e a discrminação que enfrentou durante toda a vida, para ser um exemplo do bem. “Eu me vejo como uma representante local, sou apaixonada pelo direito e quero abrir caminho para que todas as pessoas que vivem com uma deficiência possam ocupar espaços de decisão, porque nossa condição não silencia nossa voz, vontade e capacidade de contribuir para melhorar nosso estado”, finalizou.
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