Jaques Wagner diz que aliança com PSD é “histórica e indissolúvel”

05/06/2025 10:58 • 3m de leitura

O senador Jaques Wagner (PT) descartou qualquer relação entre o desempenho eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia e a permanência do PSD na base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições de 2026. A declaração foi dada ao Bahia Notícias diante das especulações sobre o futuro da aliança entre os dois partidos no estado. “Não, tem nada a ver uma coisa com outra. A aliança que a gente tem aqui na Bahia é uma aliança histórica, eu pessoalmente acho indissolúvel essa aliança, uma relação de amizade, é uma família política”, afirmou Wagner ao ser questionado pelo Bahia Notícias nesta quinta-feira (5). O senador pela Bahia rebateu a ideia de que o cenário nacional possa influenciar diretamente na configuração local da base governista. Na última semana, a reportagem do BN mostrou que lideranças do PSD analisam o futuro da relação com o grupo petista e apontam que a avaliação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será preponderante para qualquer decisão sobre “o que fazer” com o partido e com o senador Angelo Coronel (PSD), que afirma não abrir mão de sua candidatura em busca da reeleição. O senador também comentou sobre os desafios de articulação entre os partidos aliados, mas reforçou que não há divisão no grupo político que governa o estado. “Agora, como toda família que está crescendo, às vezes você tem que ter um trabalho, um esforço para encaixar todo mundo. Mas não tem racha e não tem a ver”, acrescentou. Wagner também relativizou o impacto das pesquisas de opinião e citou exemplos de eleições anteriores para sustentar sua avaliação. “O presidente Lula independente de sobe ou desce de pesquisa, que eu não me balizo por isso aí, porque eu ganhei saindo lá de trás, o Rui ganhou saindo lá de trás, o Jerônimo ganhou saindo lá de trás, o presidente Lula em 2005, o pessoal achou que ele estava morto e ele se reelegeu em 2006. Então eu acho que tem muita gente que vai queimar a língua daqui para lá”, disse. O parlamentar finalizou afirmando que acredita na continuidade do projeto político liderado pelo PT no estado e reforçou o apoio à reeleição de Lula em 2026. “Tem muita água para rolar ainda, eu creio que o trabalho do grupo aqui na Bahia é muito consistente. Na minha opinião, a gente vai seguir junto para lá e Lula vai ser o nosso candidato a presidente”.

BN*

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