Você chega na sua casa, olha uma poltrona vazia, senta-se nela com uma xícara de chá. Você chamaria isso de solidão ou de liberdade? Como tudo na vida, a atual situação de pandemia mundial e o decorrente afastamento social que todos estamos vivendo também passam por nossa maneira de enxergar as coisas. “A psicóloga Michele Maba, que propõe essa reflexão, afirma que, muito provavelmente, viveremos esse momento com muito desconforto e sofrimento se o olharmos apenas como um isolamento social (e com ênfase no termo isolamento). “Se a gente entra na loucura de estocar comida, de querer ter atividades para fazer o tempo inteiro, de ficar chateado com a ociosidade, a gente passa a se sentir em confinamento e essa solidão percebida por nós vai gerar uma incapacidade de ler a vida como ela realmente é”, explica a psicóloga. “Isso gera uma reação de estresse no nosso organismo, uma série de respostas fisiológicas e psicológicas que alteram ainda mais a nossa percepção das coisas”. Adotar essa postura significa entrar num círculo vicioso e extremamente negativo. Por isso, segundo Michele, o que todos nós precisamos é olhar para essa situação como uma oportunidade de manifestar algo muito mais nobre: o nosso amor ao próximo. “Podemos enxergar isso como um afastamento temporário do convívio social por consideração aos outros, simplesmente por empatia, por entender que a gente pode barrar a transmissão desse vírus evitando de circular por aí”, afirma. “Empatia é a palavra de ordem nesse momento”. Continue lendo no Sempre Família.