O Ibovespa acionou o ‘circuit breaker’ às 10h31 desta segunda-feira, com apenas meia hora de pregão, após recuo de 10,02%, aos 88.178 pontos. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde o “Joesley Day”, em 18 de maio de 2017, que provocou um colapso na bolsa de valores brasileira. O giro financeiro no horário era bastante forte e estava em R$ 2,1 bilhões. Caso continue assim, a bolsa pode registrar um fluxo de até R$ 26,7 bilhões no fim da sessão, bem acima da média diária de R$ 12,3 bilhões dos pregões de 2019. Naquele momento, as maiores baixas do índice eram Petrobras (-24,61% a ON e -23,96% a PN), Via Varejo ON (-22,06%) e Cosan ON (-14,92%). Nenhuma ação operava em alta. Em Nova York, Nyse e Nasdaq abriram em forte queda e já acionaram o ‘circuit breaker’, com o S&P 500 em queda de 7%. Há pouco, voltaram a operar. As bolsas da Europa ampliaram as perdas após a abertura de NY. O ‘ciurcuit breaker’ é um mecanismo de defesa da bolsa contra uma forte volatilidade. Quando a baixa atinge 10% em relação ao fechamento anterior, como ocorreu há pouco, o pregão é interrompido por 30 minutos. Se a queda continuar e atingir 15%, há uma nova interrupção, de uma hora. Se, ainda assim, a baixa chegar a 20%, há uma nova interrupção, desta vez por tempo indeterminado. A forte baixa de hoje reflete o tombo nos preços do petróleo, resultado de uma agressiva estratégia da Arábia Saudita de cortar os preços da commodity e aumentar consideravelmente sua produção, em uma guerra de preços contra a Rússia. (Valor)
