Funcionários de um hospital de Bertioga, no litoral de São Paulo, estão desenhando e escrevendo mensagens motivacionais nas tampas das embalagens das marmitas servidas aos pacientes internados. Entre as mensagens estão: “Coragem”, “Fé”, “Esperança”, “Vai dar certo”, “Você consegue”, “Sorria”, “Sonhe”… O serviço humanizado foi descoberto depois que uma paciente levou algumas tampas para casa e postou nas redes sociais. Junto com as fotos, a cozinheira Jane Souza, de 48 anos, escreveu um texto de agradecimento aos profissionais da unidade de saúde. “Em momentos em que eu estava muito pra baixo, longe da família, internada no hospital, me sentindo péssima, os profissionais chegavam de manhã com essa gentileza e me botavam pra cima”, disse Jane ao G1. Ela ficou internada por duas semanas após um quadro de pressão alta, em dezembro do ano passado e elogiou a forma como foi tratada. “Tiveram um cuidado tão imenso nos primeiros momentos em que eu fui internada que me senti acolhida, muito bem cuidada. Tenho muita gratidão por todos eles”, afirmou. A chefe de nutrição do hospital, Talita Brito, contou que a ação começou com os copeiros levando bilhetes para os pacientes que aparentavam estar tristes. “Eles mandavam bilhetes com corações e palavras para confortar os pacientes. Reparamos que tinha um feedback positivo e decidimos expandir”, afirmou Talita. Em seguida as mensagens começaram a chegar nas tampas das marmitas. “Tem paciente que leva as tampas para casa. Eles gostam do tratamento, porque melhora o dia deles e, assim, os incentivamos a comer também”, disse Talita. Ela diz que a equipe abraçou o jeito dela de trabalhar. “Eu sempre digo aos profissionais: ‘Não sirvam nada que vocês não gostariam de comer, pensem que vocês estão cuidando de um ente querido de vocês”. Conta. A chefe de nutrição explica que a humanização é complementada com atendimento personalizado, chamando os pacientes pelo nome, dando bom dia, boa noite, perguntando como estão e os pratos que mais gostam. “Nós também temos cardápios especiais para cada paciente, de acordo com o que cada um mais gosta de comer”, concluiu.