Um homem de 33 anos morreu na manhã desta quinta-feira (24/07), após sofrer agressões durante a festa de 90 anos do município de Santaluz, na região sisaleira da Bahia. Marcelo Silva Santos estava internado no Hospital Municipal desde o último domingo (20), quando foi agredido por guardas civis municipais enquanto acompanhava um trio elétrico no evento comemorativo. De acordo com familiares, Marcelo chegou a receber alta médica na segunda-feira (21), mas voltou a ser internado horas depois, após passar mal novamente. O quadro se agravou e ele não resistiu. A agressão teria ocorrido no momento em que agentes da Guarda Civil Municipal tentavam dispersar o público próximo ao trio. Familiares relatam que Marcelo não demonstrava resistência e foi atingido por golpes de cacetete. Ele caiu no chão e, em seguida, foi socorrido por bombeiros civis e pelos próprios guardas, sendo encaminhado ao hospital. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento do socorro, e o caso tem gerado grande comoção entre moradores da cidade. Segundo informações do portal Notícias de Santaluz, a Guarda Municipal informou que os agentes envolvidos foram afastados de suas funções e que será instaurado um processo administrativo interno para apurar a conduta. Em pronunciamento nas redes sociais, o prefeito Arismário Barbosa Júnior afirmou que não compactua com a ação dos guardas municipais e garantiu que irá agir com firmeza, com o rigor da lei. O gestor também confirmou que os servidores envolvidos já foram afastados.
Os familiares de Marcelo Silva Santos afirmam que ele não apresentava risco ou resistência no momento em que foi agredido. O caso rapidamente ganhou grande repercussão nas redes sociais e entre os moradores da cidade, ainda nesta quarta-feira ocorreu um protesto na avenida da cidade.
A família de Marcelo registrou o caso na Delegacia de Polícia Civil de Santaluz. O corpo será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Serrinha, onde passará por necropsia. O caso segue sob investigação.
A Guarda Civil Municipal emitiu uma nota: “A Corregedoria requereu a identificação do grupamento envolvido e o imediato afastamento das ruas. Logo em seguida instaurou processo administrativo disciplinar dos acontecimentos, com vistas à responsabilização de eventos excessivos. Na forma da lei”, assegura a nota.
