
O Tribunal de Justiça da Bahia condenou Ailton Santiago Cunha a 20 anos de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de Ana Paula Oliveira Santos. O crime aconteceu em 24 de agosto de 2002, no povoado Várzea da Pedrinha, em Santaluz, na região sisaleira do estado. Ana Paula tinha 21 anos na época. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (12), e a pena deve ser cumprida imediatamente. O júri foi presidido pelo juiz de direito da comarca, Joel Firmino do Nascimento Júnior. A acusação ficou a cargo do promotor substituto Marco Antônio Chaves da Silva Filho. Já a defesa foi representada pelo advogado Cláudio Morgado, nomeado como defensor dativo — ou seja, indicado pela Justiça para atuar no Tribunal do Júri porque o réu não tinha um advogado particular. Ele assumiu o caso apenas para a fase final do julgamento, sem ter participado das etapas anteriores do processo. Durante o julgamento, Ailton voltou a confessar o crime. Segundo a denúncia, ele atacou a ex-namorada por trás e de surpresa, golpeando suas costas e perna com uma faca tipo “peixeira”, dificultando qualquer chance de defesa. Depois do crime, ele teria atirado contra o próprio peito com uma espingarda de chumbinho. A acusação sustentou que o crime foi premeditado e que Ailton marcou o encontro com Ana Paula com a intenção de matá-la, por não aceitar o fim do relacionamento. A defesa, por outro lado, alegou que ele teria agido por emoção durante uma discussão com a vítima. Além da condenação em Santaluz, Ailton também foi condenado a 12 anos de reclusão pelo homicídio de outra ex-namorada, ocorrido em 1999, no estado de São Paulo. Segundo a polícia, ele usava a identidade de um irmão para evitar ser reconhecido. Ailton chegou a ser indiciado por uso de documento falso, mas a punibilidade desse crime foi extinta em 2014. Ailton, que atualmente tem 46 anos, é natural do município de Serrinha e mora no povoado Ipoeira, localizado no limite territorial entre Serrinha e Barrocas.
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