Governo federal ‘não enxerga que vacina é mais barato que UTI’, critica Bruno Reis

19/02/2021 02:52 • 2m de leitura

Na visão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), o governo brasileiro não soube definir prioridades. O gestor fez críticas sobre o país não ter feito cálculos corretos sobre onde empregar dinheiro. A consequência disso é a utilização de recurso em meios paliativos, o que distancia ainda mais a retomada da economia. “Qual foi o erro do Brasil? Não enxergou que a dose da vacina é mais barata que os leitos de UTI funcionando, do que o auxílio emergencial que está se discutindo, é investimento de recurso numa proporção menor que estamos tendo que fazer”, argumentou o gestor na manhã desta sexta-feira (19). A pandemia vem se agravando na Bahia. O estado vem registrando crescimento de casos e ocupação de leitos. Em meio a isso, Salvador já aplicou todas as doses de vacinas contra a Covid-19 recebidas e aguarda a chegada de um novo lote, previsto para a próxima semana. Com o sistema de saúde sob pressão, a prefeitura vem se esforçando para abrir leitos. Nesta sexta inaugurou uma tenda com 10 leitos equipados com suporte ventilatório pulmonar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valéria. O prefeito comparou dados de disposição de leitos na capital baiana e na cidade do Rio de Janeiro, gerida pelo correligionário Eduardo Paes (DEM). Segundo Bruno, no Rio a prefeitura tem 256 leitos entre UTIs e enfermaria enquanto “Salvador tem nesse momento 455”. Na ocasião ele voltou a sinalizar que vai solicitar ajuda ao Ministério da Saúde. A pasta interrompeu o pagamento de leitos de UTI aos estados e municípios.

Bruno Reis planeja viajar para Brasília na próxima semana para discutir o pagamento de leitos, pedir antecipação da Campanha de Vacinação contra a Influenza, a inclusão de trabalhadores da educação nas primeiras fases da vacinação contra Covid-19 e também pleitear a autorização para que estados e municípios possam negociar e adquirir doses de imunizantes .

A viagem estava agendada para esta semana, mas teve que ser adiada porque o governo federal suspendeu o expediente nos dias em que ocorreria o Carnaval. A medida inclusive foi alvo de críticas por parte de Bruno.

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