O Governo da Bahia deu mais um passo para tirar o projeto da ponte Salvador-Itaparica do papel. Na edição desta quinta-feira (7) do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador Rui Costa publicou decreto que dá permissão à Concessionária Sistema Rodoviário Ponte Salvador Ilha de Itaparica S.A de iniciar o processo de desapropriação para a construção do equipamento. A medida também tira da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), a atribuição da ação, que passa a ser do Executivo. A autorização engloba duas áreas. A primeira, que se refere ao Decreto nº 17.157, de 26 de outubro de 2016, define pequenas áreas no bairro do Comércio, que serão utilizadas para a construção dos pilares da cabeceira soteropolitana da ponte e dos viadutos que farão a conexão com a rede viária de Salvador. A segunda é referente ao Decreto nº 17.158, que delimita as futuras faixas de domínio do novo sistema viário na Ilha, que compreenderá a duplicação da BA-001, sua transformação parcial em via urbana, e a construção de uma nova rodovia “variante”, que deverá absorver o tráfego de passagem no município de Vera Cruz. Em setembro, Rui postou nas redes sociais os estudos de batimetria, que serve para mapear o relevo embaixo da água e registrar a profundidade em toda a extensão da ponte. Também foram feitas medições de temperatura e salinidade da baía de Todos-os-Santos. Também no mês passado, em entrevista para o jornal Tribuna da Bahia, o vice-governador João Leão garantiu que a recente crise no mercado chinês não afetará o projeto. O governo mantém a previsão de início das obras para novembro. Na ocasião, Leão também cobrou da Prefeitura de Salvador a liberação das licenças para o começo da construção, mas o prefeito Bruno Reis negou que o município tenha recebido o pedido. A ponte será erguida por um consórcio chinês formado pela CR20 (China Railway 20 Bureau Group Corporation) e pela CCCC (China Communications Construction). As empresas têm quatro anos para entregar o equipamento. Orçada em R$ 5,3 bilhões, a ponte terá recurso de R$ 3,8 bilhões dos empresários, já o governo baiano injetará R$ 1,5 bilhão.