Governador envia projeto de penas alternativas à Assembleia Legislativa da Bahia

27/08/2025 01:54 • 2m de leitura

O governador Jerônimo Rodrigues submeteu à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um projeto de lei que estabelece política estadual de penas alternativas à prisão. O documento propõe medidas para a aplicação de penas justas para crimes de menor gravidade e cumpre uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), feita em 2023, que reconheceu a violação dos direitos humanos no sistema prisional brasileiro. A medida visa diminuir o encarceramento no estado e estimular outras formas de punição que não envolvam a prisão. A Bahia foi o sexto estado brasileiro a entregar o documento, consolidado por uma parceria entre a Alba, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e o Ministério Público do estado (MPBA). “Nós formaremos fluxos e alinhamentos estratégicos para a elaboração, implementação e execução dessa política de alternativas penais”, afirmou o defensor público, Ussiel Xavier, em entrevista à TV Bahia. Desde 1998, o Brasil entende que as penas restritivas não podem ser aplicadas em todos os casos e podem ser substituídas mediante os seguintes requisitos:

  • Se não houver violência ou ameaça no cometimento do crime;
  • Se a pena aplicada não for maior que 4 anos;
  • Para crimes culposos, independente da pena;
  • Se o réu não for reincidente em crime doloso e/ou não tiver maus antecedentes.

Em casos de violência doméstica, mesmo que a pena seja inferior a 4 anos, não é possível a substituição da pena restritiva. Vale detalhar que entre as medidas alternativas já previstas na legislação brasileira estão a restrição de direitos, a prestação de serviços à comunidade, medidas cautelares, uso de tornozeleira, entre outras.

g1*

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