O deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr., confirmou ao Bahia Notícias que interlocutores do grupo liderado pelo governador Rui Costa (PT) tentam atrair o partido de volta para a base governista. Segundo Félix, o diálogo sempre aconteceu, mas as conversa ficaram mais intensas nos últimos dias com a ruptura do PP com os petistas. Com o término da aliança com o grupo de Rui, os cargos que os progressistas vão deixar na administração estadual, estimados em mais de 200, devem ser usados como barganha para angariar novos aliados. Além do PDT, também estaria na mira do governo o apoio do MDB. A debandada do PP já começou com as exonerações de João Leão, Nelson Leal e Leonardo Góes. “Interlocutores insistentemente ligam do governo, a gente atende, conversa, mas não abre negociação, porque não tem porque abrir negociação. Se fosse por cargos, a gente não tinha saído do governo, teríamos ficado lá”, afirmou o pedetista. Nomes antigos do partido, como os deputados estaduais Roberto Carlos e Euclides Fernandes, não escondem o interesse que o PDT permaneça na base aliada do governo estadual. Publicamente, Roberto Carlos tem defendido que a sigla se alie ao projeto de permanência do PT no poder – pelo menos enquanto o candidato ao governo era Jaques Wagner. A legenda integrava a base de Rui Costa até 2020, quando migrou para um apoio à eleição de Bruno Reis (UB) como prefeito de Salvador. Coube ao partido a indicação da vice-prefeita, Ana Paula Matos, e a composição com a gestão municipal, com Leo Prates. Além disso, é tratado como provável o aproveitamento de Andrea Mendonça, irmã de Félix Jr., no primeiro escalão do Palácio Thomé de Souza após a reforma administrativa prevista para o próximo mês de abril.