Feira: Colbert Martins é denunciado por assédio eleitoral, e MPT informa que está apurando o caso

27/10/2022 06:09 • 3m de leitura

O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou, nesta quarta-feira (26), que vai apurar quatro denúncias de assédio eleitoral contra o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB). Segundo o órgão, a denúncia também engloba outros gestores, que não tiveram os nomes divulgados. A prefeitura nega as acusações. Por meio de nota, a gestão municipal informou que não houve assédio eleitoral no local e que qualquer denúncia desse tipo seria “uma alegação leviana e sem menor cabimento”. A prefeitura disse ainda que há um inquérito civil, que está sob sigilo, e que recebeu uma recomendação do MPT sobre direitos, deveres e obrigações dos servidores durante o período do pleito eleitoral. A denúncia mais recente ocorreu na última sexta-feira (21). Segundo o MPT, o prefeito e demais gestores teriam ameaçado demitir funcionários que não são concursados, bem como aqueles que são terceirizados, caso não votassem em um determinado candidato. Além da cópia do título eleitoral ser solicitada aos funcionários, também era exigida a participação dos trabalhadores em carreatas com uso de adesivo de candidatos. O MPT disse que foi enviado um documento sobre todos os direitos dos trabalhadores para a Prefeitura de Feira de Santana. No documento, foi recomendado que o município se abstenha de adotar qualquer prática que possa configurar assédio eleitoral. O Ministério Público do Trabalho ainda pediu que essa recomendação seja amplamente divulgada entre as secretarias e os trabalhadores para devida conscientização. Também foi agendada uma audiência administrativa para esta quinta-feira (27), quando o caso será debatido.

Confira a nota da Prefeitura de Feira de Santana:

“A prefeitura de Feira de Santana esclarece que jamais praticou qualquer conduta configurada como assédio eleitoral no âmbito da administração municipal. Não existe um único servidor que tenha sido exonerado ou mudado de cargo e função por retaliação, razão pela qual qualquer denúncia de assédio não passou de uma alegação leviana e sem menor cabimento. O que existe é um inquérito civil, o qual está sob sigilo, sendo encaminhada uma recomendação do Ministério Público do Trabalho sobre direitos, deveres e obrigações dos servidores durante o período do pleito eleitoral.

Vale registrar que não houve objeção alguma ao cumprindo dessa recomendação, pois o munícipio jamais praticou qualquer ato ilícito. Razão pela qual foi encaminhada para todas as secretarias, autarquias e órgãos da administração direta e Indireta para verificar e fiscalizar.

O município está prestando todas as informações necessárias ao Ministério Público do Trabalho e cumprindo todos os pedidos que o MPT tem feito”.

*G1 Bahia

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