O presidente do Democratas (DEM) e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou nesta quinta-feira (21), em Miguel Calmon, que a Bahia precisa de um governador com coragem para enfrentar os bandidos e “colocá-los onde eles têm que estar” – na cadeia ou fora do estado. Neto pontuou que a Bahia ocupa a liderança nacional do ranking de homicídios, registrando cerca de 14% dos assassinatos contabilizados no Brasil, além de ser um dos poucos estados que tiveram aumento dos casos de mortes violentas. No âmbito nacional, houve queda. O pré-candidato ao Governo da Bahia criticou as autoridades estaduais por “se esquivarem” da responsabilidade e “procurarem desculpas” no que diz respeito à segurança pública. “Tendo a oportunidade de ser governador, farei o enfrentamento pessoal e direto aos bandidos e criminosos. Bandido na Bahia não vai se criar. Bandido ou vai estar na cadeia ou fora da Bahia, porque é preciso ter um governador com coragem de enfrentá-los e colocá-los onde eles têm que estar”, ressaltou. Durante o encontro, ACM Neto também abordou a atividade turística. Ele afirmou que o Governo do Estado não possui uma visão estratégica para o setor ao comentar sobre o potencial para o ecoturismo na região de Miguel Calmon. “Há um grande potencial do turismo de natureza, chamado ecoturismo, o potencial do turismo de aventura, sobretudo no pós-pandemia. É algo incrível, extraordinário, mas hoje não há uma visão estratégica, não há um plano, hoje não há um esforço para aproveitar esse vetor econômico, um gerador de empregos e mobilizador de investimentos”, disse. Neto afirmou ainda que os governos do PT não investiram “quase nada” em segurança hídrica para beneficiar a produção agrícola, especialmente para a agricultura familiar. Ele pontuou que a região está no semiárido e, portanto, há dificuldade em relação ao acesso à água abundante. “Mas, nesses quase 16 anos de governos do PT consecutivos, o que eles deixam em termos de grandes realizações de barragens e adutoras no nosso estado? Praticamente nada, quase nada foi investido para melhorar a segurança hídrica dos baianos, sobretudo o acesso à água para a produção”, afirmou. “Nós sabemos o peso da agricultura, sobretudo a importância da agricultura familiar, para as famílias mais pobres. As oportunidades que daí podem surgir – afinal de contas o que o homem, o que a mulher do campo desejam, é poder sustentar as suas famílias com o seu suor e com o seu trabalho. O que a juventude quer é oportunidade de emprego, é não ter que sair da região para buscar grandes cidades e só lá ter condições de estudar, trabalhar e vencer na vida”, acrescentou.