Iniciada em outubro passado, a semeadura da soja no Oeste da Bahia chegou a 39% do total da área que se prevê plantar da oleaginosa na safra 2023/24, de acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O ritmo é lento, se comparado ao mesmo período de 2022, e o motivo é a falta de chuva que afeta boa parte do Brasil e tem forçado os produtores a reduzir o ritmo ou parar o plantio. O mesmo cenário se verifica no avanço do plantio de milho verão no oeste da Bahia. Até o momento, aproximadamente 30 mil hectares foram plantados, correspondendo a 27,5% da área total estimada. Assim como nas áreas de soja, o milho está enfrentando as mesmas adversidades. Para a atual safra, a previsão é de um aumento na área semeada de soja de 7,5% quando comparada ao ano passado, o que deve levar a Bahia a ter 2 milhões de hectares plantados somente desse grão. A produção também deve subir 7,5% e ultrapassar as 8 milhões de toneladas. No caso do milho, o cenário é inverso, com menos 39% da área plantada e produção menor em 15%. O clima é uma variável considerável para evolução do ritmo da semeadura, afirma o diretor executivo da Aiba, Alan Malinski. Na última semana, foi registrada uma redução efetiva da atividade em algumas áreas. Além disso, está havendo replantio de maneira pontual em zonas de má distribuição pluviométrica. Estima-se que em torno de 4% da área já teve a necessidade de replantio. No entanto, salienta Malinski, existem regiões onde não houve impactos negativos e a atividade foi retomada ou está próxima da conclusão, de acordo com os indicadores de precipitação pluviométricas e umidade do solo.