O empresário Carlos Natanael Wanzeler, ex-sócio da Telexfree e acusado de organizar um suposto esquema de pirâmide financeira por meio da empresa, foi preso nesta quinta-feira (20) em Búzios, no Rio de Janeiro, segundo informou a Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal. A prisão foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski. O pedido de prisão foi feito pelo governo dos Estados Unidos, onde o empresário era alvo de mandado de prisão por suspeita de fraudes. Agora, o Itamaraty vai informar sobre a detenção ao governo norte-americano, ao qual caberá requerer a extradição, a fim de que o empresário responda nos Estados pelos crimes dos quais é acusado. No Brasil, segundo o processo no STF, tramitam contra ele mais de 11 mil ações cíveis na Justiça apresentadas por pessoas físicas; 15 ações penais; e uma ação civil pública devido ao episódio da Telexfree. A decisão que permitiu a prisão foi assinada na terça-feira (18), depois que a Segunda Turma do STF manteve, por três votos a um, ato do Ministério da Justiça que declarou a perda da nacionalidade brasileira do empresário. Os ministros consideraram que foi adequado o ato que decretou a perda da nacionalidade em razão da aquisição, por Wanzeler, da cidadania norte-americana. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o empresário nega as acusações de fraude financeira e afirma que todas as operações ocorreram dentro da legalidade.