Em uma crescente vertiginosa, o número de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos (EUA) bateu o recorde pelo segundo dia consecutivo. De acordo com levantamento feito pelo New York Times e publicado pelo O Globo, o país apresentou 41.113 novas infecções nas últimas 24 horas. O último boletim divulgado aponta 2,4 milhões de casos e 124 mil mortes. A Flórida foi o estado mais afetado, com aumento de 54% no número de diagnósticos nas últimas duas semanas. De 56.830 casos no dia 1º de junho, o estado pulou para 114 mil nesta quinta-feira (25). O governador Ron DeSantis, um dos principais aliados do presidente Donald Trump, barrou a retomada das atividades econômicas. DeSantis, desde o início da pandemia, condenou o uso de máscaras. Outros estados que registraram o maior número de mortes diárias desde o início da pandemia foram: Alabama, Alasca, Montana e Utah. A Califórnia dobrou os casos em apenas um mês, e já passa de 200 mil infectados. Cinetistas apontam que o número total de casos pode ser bem maior do que o que vem sendo apresentado pelos boletins oficiais. A cientista que era responsável pelas estatísiticas epidemiológicas na Flórida, Rebekah Jones, afirmou, nesta semana, que o governo está manipulando os dados. De acordo com ela, que foi demitida no mês de maio por “insubordinação”, o departamento estadual de saúde recebeu a orientação de ““mudar os números e começar lentamente a apagar mortes e casos” para parecer que o cenário vinha melhorando perto do feriado de 4 de julho, Dia da Independência nos EUA. DeSantis negou as acusações. Ainda segundo o New York Times, o número de casos confirmados nesta quinta-feira foi de 36.880, e era o recorde até então. O presidente Donald Trump, que esteve presente em um comício no último sábado (20), pediu que as testagens fossem reduzidas, pois os exames apontam um número alto de contaminações. Pela primeira vez em quase dois meses, a Casa Branca reunirá novamente a força-tarefa de combate à Covid-19, por causa do agravamento da situação nos EUA.