O presidente do PL na Bahia, João Roma, projetou, na manhã desta segunda-feira (16), que até o início do próximo ano deve haver clareza sobre as eleições em Salvador. No momento, o dirigente reafirmou a sua pré-candidatura a prefeito da capital, mas não descartou a possibilidade de uma composição com o atual prefeito Bruno Reis (União Brasil). “Minha pré-candidatura está lançada, mas não descartamos uma possibilidade de somatório de forças. Até o início do próximo ano, teremos uma clareza de como vamos caminhar”, declarou o ex-ministro da Cidadania, em entrevista à Rádio Itapoan FM, de Salvador. Roma lembrou que há os limites legais que impõem um prazo – abril de 2024 para as filiações e agosto para as convenções -, porém ressaltou que não será necessário esperar todo esse tempo. A definição em Salvador passará também pela escuta das lideranças soteropolitanas. O partido tem, entretanto, uma definição para outra importante cidade da Região Metropolitana de Salvador. “O deputado Leandro de Jesus deve disputar a prefeitura de Lauro de Freitas”, disse Roma, que reiterou: “vamos buscar nos organizar e fazer enfrentamento em outras cidades”. Ele destacou as pré-candidaturas de Coronel França, em Teixeira de Freitas; de Chico França, em Itabuna; e de Antônio Tadeu, em Luís Eduardo Magalhães. Há ainda plano de lançar candidatura própria em Feira de Santana. “Cada cidade tem sua realidade. A eleições municipais são pleitos que tratam mais de temas locais. Nesse momento, temos muitas filiações ao PL, muitas pessoas interessadas em se filiar, inclusive prefeitos já eleitos e que vão buscar reeleição”, descreveu Roma, que conseguiu estruturar mais de 100 diretórios municipais em todo o Estado.
Governo Jerônimo
O dirigente partidário, ao ser questionado, criticou a atuação do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Ainda não mostrou a que veio. Está conversando muito, distribuindo seu sorriso, mas não está mostrando muito”, avaliou Roma. O ex-ministro da Cidadania entende que limitar propostas de desenvolvimento da Bahia à construção da Ponte Salvador-Itaparica demonstra a limitação de ideais da gestão petista. “A Bahia não pode ficar restrita a isso. Temos outras obras importantes como a duplicação do rodoanel de Feira de Santana, uma ponte entre Cabaceira do Paraguaçu e Santo Estêvão, e não estamos vendo essas coisas acontecendo”, disse o ex-ministro. João Roma entende que a Bahia está “patinando, sem um sentido estratégico”. Segundo ele, há entraves para o crescimento econômico. “Temos um dos ICMS mais caros do Brasil. É preciso enxergar a Bahia de forma grandiosa para que possamos encarar os desafios”, enfatizou o dirigente do PL. Segundo o presidente estadual do PL, “o governo Jerônimo segue a mesma linha de retrocesso do governo Lula”. “Ele revogou mais de 200 medidas liberalizantes da economia, criando amarras burocráticas do Estado, aumentando o custo Brasil. Nos programas sociais, Lula anulou todas as regras de emancipação e, além disso, excluiu 2 milhões de pessoas somente para verificação de cadastro, quando essa verificação deve ser uma responsabilidade do governo”, apontou.