Em meio a ameaças, comunidade escolar organiza manifestações por paz e para coibir ataques

19/04/2023 06:01 • 3m de leitura

O medo causado pelas ameaças de um ataque maciço às escolas na próxima quinta-feira, 20 de abril, que vêm circulando nas redes sociais e causando pânico entre as famílias, levou a comunidade escolar a organizar manifestações pedindo paz no ambiente escolar. As manifestações estão previstas para a mesma data. Em uma das iniciativas que circulam nas redes, há o pedido para que cada criança leve uma flor, um bombom, um cartão, um abraço para ser distribuído entre professores, colegas, coordenação, direção, toda a equipe de limpeza. O objetivo da ação seria produzir momentos para compartilhar o bem, dentro e fora das instituições de ensino. Outra ação prevista para a data está sendo organizada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe/BA). Com o objetivo de pedir paz, o movimento pede que alunos e professores usem branco na quinta-feira. “Nossa ideia é levar uma mensagem de paz, de amizade e respeito para dentro das escolas. Mostrar que as escolas são um lugar de paz, de gestão de emoção, cuidado e acolhimento e não de violência, de forma alguma. Nós estamos tomando todas as precauções, tanto o Estado, prefeituras, como as escolas particulares para combater essa violência”, disse o diretor do sindicato Wilson Abdon ao Portal M!. O diretor do Sinepe também ressaltou a importância da participação das famílias dos estudantes na campanha, sobretudo, como forma de assumir a responsabilidade neste momento. “As famílias que agora estão sendo chamadas para essa campanha, para assumirem a responsabilidade, de olharem as mochilas dos filhos, de acompanharem o dia a dia deles, monitorarem as redes sociais, porque de fato, sem a ajuda das famílias, nenhuma ação de segurança é eficaz. Temos que ter a família junto das escolas, trabalhar juntos, para que possamos eliminar essa onda de violência e voltar a ter um trabalho de acolhimento pedagógico, que é nosso papel”, defendeu. Segundo Wilson, a expectativa é que a manifestação seja aderida por cerca de 90% das escolas. Um exemplo da aderência ao movimento, é o apoio da Prefeitura de Lauro de Freitas à ação. Conforme o diretor do Sinepe, uma coletiva na manhã desta quarta-feira (19) vai oficializar a adesão das escolas do município ao movimento. “Essa ação vai acontecer em todas as escolas associadas e outras escolas também. Ontem tivemos reunião com a prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, que sinalizou que também vai aderir essa iniciativa. Teremos uma coletiva amanhã pela manhã, que vai anunciar isso”, revelou.

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