Em greve desde o dia 1.º de abril, os servidores do Banco Central ameaçaram, em comunicado, interromper o funcionamento do Pix. Ainda segundo os grevistas, a paralisação também poderá afetar a impressão e distribuição de moedas. Conforme nota oficial do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), se não houver proposta oficial do governo para aumento salarial, haverá manutenção e intensificação da greve. “O Pix e outras atividades do BC não se encontram no escopo da lei dos serviços essenciais. Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demab, o atendimento ao público e outras atividades”, informou o sindicato através de nota. O presidente do Sinal, Fábio Faiad, informou que a primeira reunião oficial com o governo está marcada para essa terça-feira (5), às 10h30. A greve se dá por tempo indeterminado. Até o momento, tem adesão de 60% da categoria. Os servidores pedem reajuste de 26,3% e reestruturação da carreira de analista. Até então, cerca de 720 servidores do BC entregaram suas comissões devido a insatisfações salarial e políticas. Conforme o Sinal, as publicações desses atos não saíram no Diário Oficial da União “porque a direção do BC decidiu tentar ‘segurar’ as portarias”, disse o Sinal em nota. O sindicato diz que vai cobrar da direção do BC a efetivação das portarias.