A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou na terça-feira (6) distribuidoras de gás de cozinha do país por não repassarem quedas de preços aos consumidores. No dia 16, a Petrobras anunciou redução de 21,3% no gás de cozinha. Com essa redução, o preço do botijão de gás para o consumidor final poderia cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo. A Secretaria quer explicações sobre os preços praticados depois da divulgação de dados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), que apontou que a redução não chegou ao consumidor. O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirmou que, “para a população mais pobre, o preço extorsivo do gás de cozinha é muito prejudicial”. “Existem pessoas que, não tendo condições de pagar pelo gás, estão utilizando lenha, colocando sua vida e de seus familiares em risco. Não podemos aceitar que a redução não tenha chegado nas casas das pessoas”, declarou. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) terá 48 horas, a partir do recebimento da notificação, para prestar os esclarecimentos à secretaria. Os dados serão analisados para verificar se há distorções significativas entre os diferentes elos da cadeia de fornecimento e para identificar a existência de irregularidades nos processos de precificação, diz a Senacon.