Diretório nacional do PT aprova indicação de Geraldo Alckmin para vice na chapa de Lula

14/04/2022 09:44 • 2m de leitura

O diretório nacional do PT aceitou nesta quarta-feira (13) a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para compor uma eventual chapa presidencial ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Mesmo com mobilizações contrárias dentro da sigla, Alckmin teve a indicação aprovada por 68 votos favoráveis, 16 contrários (13 contrários a Alckmin como vice, mas a favor de aliança com o PSB; e três contrários a Alckmin e à aliança com o PSB). O PT deve encaminhar consultas às legendas que vão compor coligações e alianças com a sigla na disputa pela presidência. O partido quer saber se há oposição, dentro desses partidos, ao nome de Alckmin. Até o momento, o PT já firmou alianças com PV, PCdoB – os três devem se unir em uma federação partidária –, PSB e PSOL (estes, por meio de coligação). A Rede, que estuda compor federação com o PSOL, também deve se aliar apesar das divergências internas. Há ainda negociações em andamento com o Solidariedade. “É só mera formalidade. Todos os partidos já bateram martelo em apoiar. Alckmin será o candidato a vice-presidente. A nossa preocupação é colocar a campanha na rua”, disse o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE). Tratando a escolha de Alckmin como certa, Lula discursou em defesa do ex-governador de São Paulo. O ex-presidente afastou desentendimentos históricos e destacou que Geraldo Alckmin é, agora, um “companheiro”. “[Ele] foi vice do [Mário] Covas por seis anos, foi governador e tem experiência política. Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira”, disse. “Daqui para frente, você não me trata como ex-presidente e eu não te trato como ex-governador. Você me chama de companheiro Lula e eu chamo você de companheiro Alckmin”, afirmou Lula. Embora trate o acatamento da proposta como uma certeza, o PT só deve oficializar a chapa Lula-Alckmin nos dias 4 e 5 de junho, quando acontecerá um encontro nacional do partido.

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