Após ser diagnosticado com Covid-19, um menino de apenas três anos sofreu um derrame e ficou parcialmente paralisado. O caso aconteceu no Missouri, Estados Unidos (EUA). Colt Parris tinha parado de se alimentar na semana passada, e por isso foi levado para o Hospital Infantil da Universidade de Missouri. De acordo com um relatório da KSN-TV, afiliada da NBC, os médicos fizeram vários exames e o teste para o coronavírus deu positivo. “Percebi, na quarta-feira (23), que a fala dele também estava um pouco estranha, mas, honestamente, pensei que ele estava com muita dor e cansado. Então, fui entregar a ele seu boneco e percebi que ele não usou seu braço dominante para agarrá-lo. Ele estendeu a mão para agarrar seu coelho e, novamente, eu sabia que outra coisa não estava certa”, contou a mãe, Sara Parris. O neurologista pediatra da MU Health Care, Paul Carney, diagnosticou a criança com um bloqueio no cérebro. “O resultado veio, eu olhei para ele e foi um claro derrame. Havia falta de suprimento de sangue para o lado esquerdo do cérebro”, relata. Há 20 anos cuidando desses casos, o especialista afirma que nunca viu nada parecido. “Trata-se de uma criança. Realmente não há outro caso como este. Se fosse qualquer pessoa com mais de 40 ou 60 anos, provavelmente teria um resultado muito diferente”, diz. Outro neurolofista do hospital, Camilo Gomez, afirmou que eles estão pesquisando se há ligação entre a Covid-19 e possíveis problemas neurológicos. “O diagnóstico de covid é importante porque pensamos que a razão pela qual pacientes com Covid, incluindo a criança, têm derrames e uma variedade de outros problemas é que eles têm propensão a formar coágulos”, afirmou Gomez. Ele foi o responsável pela cirurgia para remover o coágulo do cérebro do garoto, feita por meio de um tratamento chamado trombectomia. A criança perdeu a capacidade de mexer o braço e a perna direitos. Segundo os médicos, porém, provavelmente ele vai se recuperar completamente. “É importante tomar cuidado, se você não quer que seus filhos passem por isso. As pessoas precisam estar mais atentas”, alertam os pais de Colt
