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A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) abriu sindicância para apurar os atendimentos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, após a morte de um menino de 1 ano e 3 meses. Em nota, o HEC lamentou o ocorrido e disse que o serviço social da unidade hospitalar está disponível para esclarecimentos aos familiares. Disse ainda que segue, para classificação de risco, o protocolo do Humaniza SUS para todos os pacientes que dão entrada na emergência, no qual são avaliados os sinais vitais, incluindo temperatura, sintomas, hemodinâmica do paciente, comorbidades, estado geral e nível de consciência. Segundo Natália Bastos, mãe de Brayan Bastos, o garoto foi levado para o Hospital da Criança na quarta-feira (24) após apresentar febre. No local, ela foi informada que o menino não poderia ser atendido porque estava com temperatura de 38.4 graus, abaixo do exigido pelo protocolo da unidade: a partir dos 39 graus.
De acordo com Natália Bastos, ela foi orientada a levar o filho para a UPA de Feira de Santana, que fica próxima do HEC. O garoto piorou, teve uma convulsão e morreu na sexta-feira (26). “A gente chegou no HEC, pegaram o oxímetro e aferiram a temperatura dele. Estava em 38.4 e a moça que estava realizando a triagem me informou que no HEC só estavam atendendo a partir dos 39 graus ou casos mais graves”, contou a mãe de Brayan. Natália Bastos contou que ao chegar na UPA, o menino recebeu medicamentos na veia. “Na primeira medicação ele ficou normal, mas ninguém ficou observando. Eu até mencionei que Brayan nunca tinha tomado medicação na veia”. “Quando a medicação foi trocada, instantaneamente ele começou a agonizar nos meus braços. De repente Brayan desfaleceu nos meus braços, instantaneamente”, relembrou. A mãe do menino afirmou ainda que o menino ficou pálido e com a boca roxa. “Coloquei ele na maca, comecei a gritar: ‘meu filho não está respirando’. Os enfermeiros ficavam chamando uns aos outros e eu mesma comecei a fazer a ressuscitação de Brayan”, afirmou. Natália Bastos disse ainda que acredita que o atendimento demorou por causa do “despreparo e da inexperiência da equipe de enfermagem”. “A médica também demorou e depois de uns 40 minutos, nós já estávamos no HEC, mesmo hospital que eu tinha ido primeiro. Eles transferiram para o HEC, não me deixaram ficar nem na recepção e depois a médica me falou que Brayan já tinha chegado lá sem os sinais vitais”, relatou a mãe do menino. A família do menino informou que vai acionar a Sesab na Justiça.
O que diz o HEC?
O Hospital Estadual da Criança informa que lamenta o ocorrido e que se solidariza com os familiares. O serviço social da unidade hospitalar está disponível para quaisquer esclarecimentos aos familiares.
Na oportunidade, o hospital informa que segue, para classificação de risco, o protocolo do Humaniza SUS para todos os pacientes que dão entrada na emergência, no qual são avaliados os sinais vitais, incluindo temperatura, sintomas, hemodinâmica do paciente, comorbidades, estado geral e nível de consciência. O HEC é uma unidade de alta complexidade. Pacientes classificados como azul e verde são encaminhados para atendimento em unidades de menor complexidade, conforme a rede de atenção do estado.
Durante todo o tempo, o HEC se mantém sempre disponível para receber o paciente, caso ocorra mudança no estado de saúde, por meio de pedido de transferência.
G1-BA*